O diretor industrial da Segrase, Milton Alves, disse na última quinta-feira, 18, à noite, ao discursar no lançamento do livro lançado pela Editora Diário Oficial "Reflexões sobre a relação sociedade-natureza na Geografia", de autoria de Ana Consuelo, Carmem Lúcia, Raimunda Áurea e Rosana Batista, no Museu da Gente Sergipana, que "o que li já me encaminhou para que eu tenha uma noção ampla de poder fortalecer a visão que eu tinha da relação homem-sociedade e a natureza."
"Esse é mais um daqueles momentos símbolos do governo Marcelo Déda, porque foi a partir de uma decisão dele que o estado finalmente encontrou caminhos para poder criar a sua editora. Pelo amor que ele tem a leitura, o governador entende que o livro é sempre um caminho que nós temos de olhar o amanhã. Compreendendo o ontem, que fortalece o hoje e que esse hoje se transforma em uma estrutura para o amanhã." - disse o jornalista Milton Alves, enfatizando que "de tantas informações que nos bombardeiam diariamente, destruição aqui, destruição acolá e a natureza a sofrer intervenções errôneas, nós buscamos, com muita felicidade, instrumentos como este livro, que nos oferecem caminhos para refletir, para que nós possamos compreender o que pode ser feito hoje para recuperarem amanhã, o que foi destruído ontem. É possível que nem tudo que foi destruído possamos recuperar, mas pelo menos, alguma coisa vai ser feita para se recuperar e fortalecer o que nós temos olhado em uma relação, eu diria perfeita, mas uma relação compatível entre o homem-sociedade e a natureza".
A professora Ana Consuelo, em seu discurso, contou que o livro surgiu a partir de leituras do espaço agrário que as quatro autoras fazem na Universidade Federal de Sergipe, um grupo de estudo de estado-capital-trabalho do núcleo de pós-graduação em geografia. "O livro objetiva uma leitura crítica a partir da associação sociedade-natureza, diante de um contexto de globalização. Esse contexto se coloca como único modelo de desenvolvimento, então a partir dessa leitura nós vemos a relação sociedade-natureza separado, fazendo uma reflexão se essa relação pode ser perpetuada ou não. A nossa reflexão não coloca o homem individualmente, para fazer a defesa da natureza, mas uma reflexão enquanto sociedade, enquanto relação nossa com a natureza que está em mídia, o meio ambiente, a natureza, o desenvolvimento e a sustentabilidade, permearam todas as relações sociais de todos os contextos", afirma a professora. Carmem Lúcia, pesquisadora e autora do livro, complementa dizendo que quer que a sociedade se conscientize sobre essa relação homem e natureza. "Nós vivemos em uma sociedade capitalista que visa o lucro em detrimento do homem em si. O livro é uma crítica com relação ao desenvolvimento que prega, que tem uma concepção da globalização", enfatiza.
Sempre ressaltando a importância da questão ambiental e afirmando que a sociedade está diretamente ligada à natureza, Ana Consuelo lembra que "é um livro acadêmico, que nasceu no espaço acadêmico, é um livro que se coloca como a questão ambiental, se coloca em todos os ramos de conhecimento, em todos os contextos, e em todas as profissões, a questão ambiental está se perpetuando". Carmem Lúcia finaliza, "é preciso preservar mais o meio ambiente. Nós temos uma sociedade digna e um futuro brilhante para os jovens, mas o meio ambiente não pode ser esquecido, o lucro não deve ser o único objetivo."