"Este é um daqueles momentos símbolos do Governo Marcelo Déda, por representar a riqueza literária de Sergipe", disse, quinta-feira 18, o jornalista Mílton Alves, diretor industrial da Segrase, ao falar no lançamento do livro Pagando Mico no Rádio, escrito pelo economista e radialista Antônio Barbosa de Melo, no Museu da Gente Sergipana. "O incentivo à criação literária é constante e a Editora Diário Oficial de Sergipe se torna no instrumento favorável aos escritores sergipanos", acentuou.
Revelando haver lido o livro duas vezes, Mílton Alves disse que procura esquecer cada uma das histórias e causos narrados por Antônio Barbosa, a quem elegeu como um dos seus preferidos narradores esportivos (a ele se somam Alexandre Santos, Carlos Magalhães e José Antônio Marques) para estimula-lo a reler cada uma das histórias, que marcam a vida daqueles que vivem o radialismo em Sergipe. "O livro tem uma linguagem leve, coloquial e que, acredito, tornar-se-á um livro de cabeceira".
"Pagando Mico no Rádio registra a história, e muito das histórias que não foram registradas, interessantes que, não ficam na história, elas vão se apagando. Depois, 200, 300 anos alguém vai tentar entender ou procurar saber o que aconteceu, e não tem registro", lamenta o secretário de Esporte e Lazer, Maurício Pimentel Gomes. "Mas essas histórias, que estavam no rádio sergipano, do mico no rádio sergipano, estão registradas no livro de Antônio Barbosa", assinala Maurício Pimentel.
O jornalista e radialista José Eugênio de Jesus expressou o seu sentimento: "Eu espero que esse livro alcance o objetivo desejado por ele, por outro que não seja, senão uma demonstração de seu gênio alegre, da sua capacidade como homem de imprensa, como homem de rádio, como locutor esportivo".
"Quem tanto poderia falar desse livro melhor do que ninguém seria Luiz Antonio Barreto, porque não há em Sergipe, não há hoje e acho que vai passar muito tempo sem ter, uma pessoa que tenha a cultura e, sobretudo, o desprendimento que Luiz Antonio tinha", comenta o jornalista Luiz Eduardo Costa. "O livro de Antonio Barbosa é um percurso que se faz da história de Sergipe através do rádio e com muito humor. E não tem leitura mais deliciosa do que essas peripécias que Antônio Barbosa conta e através dela se vê a vida política, a vida social, a vida econômica de Sergipe, os obstáculos, as dificuldades que o rádio enfrentava, aquela guerra de guerrilha entre as emissoras em época de política, e, sobretudo, a capacidade de sobrevivência de radialistas", disse.
"Temos que ficar felizes, comemorar, e reconhecer essa nova fase da edição de livros, graças a esse trabalho que tem sido feito na Segrase, e ao empenho do governador Marcelo Déda, em difundir a cultura sergipana através de seus escritores", apontou Luiz Eduardo Costa, para quem "a fase que se vive hoje é comparada com a que se iniciou com muita ênfase no tempo em que Luiz Antonio Barreto foi assessor cultural de José Rollemberg Leite e se manteve no governo de Augusto Franco com a criação da subsecretaria de cultura".
"O livro não se trata de um trabalho didático, muito menos de pesquisa. Não se trata de um trabalho que relate a história do rádio sergipano, mas apenas um testemunho real das gafes, das falhas, dos erros que foram por nós cometidos no microfone", destacou Antônio Barbosa de Melo, ao agradecer ao Governo do Estado, que através da Segrase realizou "esse sonho de imortalizar o passado despercebido, mas que agora neste trabalho, os causos registrados servem para trazer momentos de descontração para os que tiverem oportunidade de ler Pagando Mico no Rádio".