O combustível criativo - escritores sob efeito de drogas, título do texto do escritor Antonio Nahud abre a nona edição da revista Cumbuca. O escritor questiona se as drogas seriam alguma espécie de combustível criativo, já que alguns dos maiores nomes da literatura universal fizeram ou fazem o uso de entorpecentes.
A publicação traz diversas temáticas relacionadas à cultura sergipana. Uma delas é do jornalista Carlos Cauê que escreve dois textos que homenageiam o estrategista político Rosalvo Alexandre, uma das mais atuantes figuras no movimento de resistência democrática à Ditadura Militar de Sergipe. No primeiro texto Alexandre é situando historicamente, o segundo, há relatos das experiências como cidadão perseguido e preso pelos militares, durante a Operação Cajueiro. Petrônio Gomes reaviva a memória dos sergipanos com uma crônica sobre o Cinema Guarany.
Ler o texto é ser transportado para um passado não muito distante. A rua do Rosário, hoje avenida Pedro Calazans, se encontrava com a rua de Estância e era lá que estava o cinema Guarany que foi instalado por Augusto Luz. O jornalista Marcos Cardoso apresenta o título Um Alemão em Nossa História. A produção relembra o personagem alemão Harro Schacht, responsável pelo afundamento de três dos quatro navios de carga e passageiros na costa sergipana.
A produção artística de Willy Valenzuela é descrita pelo crítico de artes Léo Mittaraquis. Willy é um artista contemporâneo sim, mas pertence a constelação estabelecida por nomes que não se deixam engessar pelo conceito, não se deixam compartimentar, de forma estanque, pelo rótulo.
A revista apresenta o conto memorialista Baleado aos domingos do escritor Paulo Fernando Morais. A revista Cumbuca é uma publicação trimestral, editada pela Editora Diário Oficial de Sergipe - Edise, criada pelo Governo do Estado com o objetivo de promover a valorização da atividade cultural e unir o pensamento daqueles que sempre fizeram cultura, divulgando a produção artística e acadêmica, além de incentivar a difusão de ideias.