A obra ‘Documentos (In)Visíveis’, de Vicente Arruda, foi lançada na manhã da última quinta-feira, 08, na I Semana Nacional de Arquivos, do Arquivo Nacional. Publicado pela Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe (Edise), em parceria com o AN/Memórias Reveladas e Comissão Estadual de Sergipe, o livro é resultado de quase uma década de trabalho com os arquivos da ditadura militar 1964-1985, sobretudo no acervo do Arquivo Nacional.
Para o diretor Industrial da Segrase, Mílton Alves, que participou do evento representando a Edise,o Brasil passa por momentos semelhantes à ditadura militar retratada no livro. “O Brasil vive um momento de turbulência política que afeta a economia, não muito diferente daquele período de 1964 a 1985, quando tivemos prisões e sumiço de companheiros. O livro mostra um pouco sobre isso. Diria até que pelo momento que vivemos hoje, é uma leitura obrigatória para podermos fazer um comparativo do ontem com o hoje e termos uma perspectiva de onde poderemos chegar com esse hoje que estamos vivendo”, afirma.
Gilberto Francisco dos Santos, Membro da Comissão Estadual da Verdade de Sergipe, que também compôs a mesa, declarou que tem planos de parceria com a Segrase. “Estamos preparando um documentário dos relatórios e uma serie de coleção de livros sobre a Comissão da Verdade, em parceria com a Segrase. São livros individuais de companheiros que foram mortos e torturados nesse período. Contamos com o apoio do governo estadual”, comenta.
Vicente encerrou a mesa agradecendo aos presentes e a todos que o ajudaram na confecção da obra. “O livro busca, através dos documentos da ditadura, mostrar como foi estruturado o grande sistema de informações da ditadura militar, o SISNI, que tinha como cabeça de sistema o SNI. É um livro que trata do período de 1964 a 1985. Feito para o Brasil de hoje, a partir do momento que ele discute as dificuldades contemporâneas para assegurar a localização e acesso de boa parte desses acervos. Ele busca responder: Onde estão os documentos da ditadura? Eles estão abertos? Os que não estão, por que não estão abertos? Quais são as dificuldades que se coloca?”, finaliza.
Com informações do Arquivo Nacional*