Aconteceu na manhã desta sexta-feira, 13, o lançamento da 26ª edição da revista Cumbuca, no Palácio Silvio Romero (Memorial do Judiciário).
A 26ª edição aborda inúmeros temas, desde um texto sobre a fundação CasAmor até a homenagem aos 165 anos de Aracaju, trazendo pluralidade cultural para a sociedade sergipana. O evento contou com a presença de alunos da rede pública de ensino, artistas e admiradores da cultura sergipana, entre outros. Houve também a exibição de um vídeo em homenagem aos 165 de Aracaju e apresentação do poeta Gabriel Lírico que exibiu um texto de Santo Souza 'Ceús de Aracaju' e do cordelista Ivaldo Batista, que declamou 'Aracaju - Paraíso Nordestino'.
Em mais uma edição, o editor da Cumbuca, Amaral Cavalcante ressalta a importância da revista para a sociedade. “Procuramos trazer a cada edição uma mistura de matérias que fazem referência a vários segmentos”. Ainda segundo ele, os artistas emergentes, a meninada alternativa, como também as pessoas mais velhas, a academia e o patrimônio histórico. “A gente procura fazer uma mistura que seja palatável para todos os gostos, dessa forma, a revista não fica circunscrita a um determinado grupo. O que interessa para a gente é que a revista seja lida por um número maior de pessoas”.
Amaral Cavalcante ainda descreve sobre a profissional Gabi Etinger, criadora da arte que compõe a capa desta edição. “Ela é uma das designers mais criativa do momento, essa é a segunda exposição que ela faz, produz um material rico e criativo, de altíssima. Tenho o prazer de dizer que sou amigo pessoal e que conto com o trabalho dela para Cumbuca, pois várias matérias da Cumbuca são diagramadas por ela o que é um luxo, sendo assim, ela é uma participação luxuosa para a revista”.
A designer gráfica e artista visual, Gabi Etinger explica um pouco da abordagem da capa e da exposição ‘Minha verdade é vermelha’, que também foi um dos textos desta edição da Cumbuca. “A construção das obras que compuseram a exposição carregam os relatos bem íntimos, às minhas percepções com relação à questão feminina que vem a partir de mim mesma com o meu corpo e vem através de sonhos. É um trabalho bem subjetivo, intuitivo, intimista e sensorial”.
A artista ainda acrescenta que a escolha da arte na qual compõe a capa desta edição, faz parte de um conjunto de 10 gravuras que constituem o trabalho. “Fui colocando cada uma dessas imagens no instagram, e percebi que essa imagem foi a qual mais rendeu interação e chamou atenção do público, devido a isso, essa arte foi a minha escolha para a capa”.
A pesquisadora e museóloga, Sayonara Viana participou da Cumbuca com um texto sobre o arquiteto e artista plástico, Luis Mangueira. Para ela foi maravilhoso redescobrir o trabalho dele porque já tinha realizado a curadoria de outra exposição do artista, em São Cristóvão (SE). “Quando a gente junta todos os depoimentos que ele concedeu ao longo do tempo, a experiência que ele teve ministrando aulas para os alunos, no Museu de Arte Sacra de São Cristóvão, me fez reviver histórias. A partir disso, comecei a catalogar a obra dele que é muito importante pra história de Sergipe”.
Sayonara descreve sobre a versatilidade que Luiz possui, porque ele não fica fechado somente a um tipo de linguagem artística. Luiz Mangueira consegue trabalhar com várias técnicas e sempre atingindo o objetivo desejado, pois a obra dele reflete muito as coisas que ele viveu a luz que ele carrega em si mesmo.
Representando Ricardo Roriz, presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe, o diretor Industrial, Mílton Alves participou do evento. “É mais um passo que está levando para o caminho na qual segue a vitoriosa história da editora. A publicação que se criou com o ex-governador Marcela Déda se manteve com Jackson Barreto e agora temos o apoio absoluto do governador Belivaldo Chagas. Portanto, a Cumbuca é a expressão que se tem hoje pra espelhar os vários segmentos da nossa cultura”.
A CasAmor é tema do texto produzido por Yago Andrade. Linda Brasil que coordena a CasAmor esteve no lançamento e fala sobre a importância desse projeto fazer parte da revista. “É muito importante ter a oportunidade de dar visibilidade a um tema que ainda representa também a exclusão social das pessoas LGBTQI+. Pessoas que vivem em estado de vulnerabilidade social. Isso faz com que a sociedade se conscientizem sobre a temática e ampliem as discussões. Nossa intenção é levar informação a sociedade sobre a necessidade de um acolhimento, no âmbito familiar, nas escolas, em todos os espaços”.
Linda Brasil ainda acrescenta sobre o projeto e seus colaboradores que auxiliam na constante construção da CasAmor. “Todos nós que realizamos a CasAmor somos voluntários dos mais diversos setores. A gente percebe que a matéria de Yago Andrade está artística, bem produzida, muito colorida, estou muito feliz pelo texto e por essa oportunidade da gente levar nosso projeto para a revista Cumbuca.”