Inaugurada no dia 17 de novembro de 2009, a Editora Diário Oficial, órgão suplementar da Segrase tem por objetivo contribuir com a divulgação da produção literária do Estado ao imprimir e editar obras com um padrão de qualidade, através de um tratamento criterioso na editoração do texto, no design da capa, nas ilustrações e no formato final dos mais diversos segmentos do conhecimento. Segundo o Diretor-presidente da Segrase, Luiz Eduardo Oliva, a Editora tem por objetivo preencher uma lacuna do Estado de Sergipe para com os sergipanos. A intenção é colocar nossos autores no mercado e que o leitor também possa perceber a qualidade do produto que se faz em Sergipe, destacou Oliva.
Desde a sua inauguração já foram publicadas pela Editora cinco obras. Isso reflete uma média de duas obras e meia por mês desde que foi implantado o setor. Segundo a gerente, Gabriela Ferreira, em razão do aumento na demanda de produções está sendo organizada uma política editorial consistente para facilitar o trabalho de toda equipe, tendo em vista sempre conservar a qualidade das publicações que tendem a evoluir. Temos muito trabalho pela frente com a estruturação da equipe, aquisição de novos maquinários, além do investimento em treinamentos e especializações do nosso pessoal. Acredito no avanço da Editora Diário Oficial e em seu importante papel no fomento, resgate e valorização da cultura sergipana, acrescentou.
A atividade desenvolvida pela Editora Diário Oficial é um trabalho constante, por isso, já estão no prelo a Revista nº 36 da Academia Sergipana de Letras, que consiste na compilação de discursos, crônicas, ensaios, homenagens póstumas, poemas e críticas literárias escritas pelos acadêmicos. Também será lançado Microcontos, livro do jornalista Célio Nunes, que reúne pequenos contos publicados por ele na internet e em uma revista literária de São Paulo ao longo dos últimos 4 anos antes do seu falecimento, ocorrido em setembro do ano passado. E o livro Os Ícones de um Terremoto, do jornalista sergipano Paulo Barbosa de Araújo, escrito em 1999, ano em que faleceu, onde o autor retrata o episódio de 31 de março de 1964, que culminou com a ditadura militar implantada no Brasil. A julgar pelas circunstâncias em que foi produzido, Paulo Barbosa tinha pressa em deixar para a posteridade o seu testemunho, através de uma análise minuciosa das lutas sociais no Brasil e na América Latina, o papel da esquerda, das forças políticas dominantes e a ação da direita civil e militar no contexto da sociedade.
Dentre as publicações que já foram lançadas pela Editora Diário Oficial, conheça um pouco sobre cada uma delas:
Poço Redondo A Saga de um povo
Obra do historiador Alcino Alves da Costa, reúne em suas 349 páginas a história, fatos da política local, além da trajetória de grandes políticos sergipanos do maior município do Estado de Sergipe: Poço Redondo.
Constituído por narrativas com relatos sobre a vida do povo da região, Poço Redondo A Saga de um povo também conta o seu passado ligado a história do Cangaço, um doloroso episódio vivido pelo seu povo durante os anos do banditismo, comandado por Lampião.
De Portas Abertas
Escrito por Juraci Costa de Santana, De Portas Abertas foi a obra vencedora do Prêmio Núbia Marques (Contos), em 2006, patrocinado pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura.
As 207 páginas trazem contos curtos e ricos de sentidos, feitos com a paixão necessária para compreender um povo sofrido, onde o leitor encontrará reflexões incisivas sobre a arte de escrever, o compromisso com a obra literária, a experiência do poder e do amor e a luta de uma consciência pela definição dos dilemas humanos.
Litorâneos
Através de uma linguagem despojada e com um foco em nossa realidade marítima, Litorâneos, foi obra vencedora do Premio Santo Souza de Poesia/2006, patrocinada pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria do Estado da Cultura.
O livro é constituído por 138 páginas, divididas em três partes: Litorâneos, que intitula a obra e fala sobre erotismo, praias, geografia, beleza do corpo, sol e nossas águas; Funduras & Frugais que são mergulhos nas profundezas do EU, da memória dos entes queridos e das frutas; e Mimos Mínimos, que são poemas curtos que remontam ao início da carreira de escritor.
Baladas, Palavras e Outonos
Baladas, Palavras e Outonos é uma homenagem à memória de Núbia Marques e às escritoras e poetisas sergipanas Gizelda Morais e Carmelita Fontes, que juntas publicaram os livros Baladas do Inútil Silêncio, Palavras de Mulher e Verde Outono. O DVD traz nove poemas que foram selecionados e interpretados pelas atrizes sergipanas Anamaria Brasil, Joelma Rocha, Rosana Costa, Rose Ribeiro, Tânia Maria, Yara Cunha, Sthefany di Paula, Alessandra Theófilo e Walmir Sandes, sob a direção do teatrólogo Raimundo Venâncio, com trilha sonora do compositor Waldemar Bastos Cunha e interpretada pelo pianista Manuel Vieira.
Além disso, o DVD traz o documentário especial Núbia Marques, realizado pela Aperipê TV, fotos de acervo, telas pintadas pela poetisa e entrevistas realizadas em diversas época e o conteúdo digital dos três livros publicados por elas.
Sementes na Calçada Crônicas de Gratia Montal
A obra apresenta 44 crônicas que foram escritas por Carmelita Fontes entre 1957 e o final da década de 1970, a maioria delas publicadas no jornal A Cruzada sob o pseudônimo de Gratia Montal. Na primeira parte, o livro reúne crônicas de viagens e na segunda, crônicas diversas.